Os alimentos funcionais ou nutracêuticos são aqueles que colaboram para melhorar o metabolismo e prevenir problemas de saúde.
Essas substâncias não são novidade, como às vezes prega a indústria de alimentos.
As Isoflavonas, por exemplo, compostos que ajudam na redução do colesterol ruim, fazem parte da alimentação humana desde que a soja foi descoberta pelos chineses, há mais de 5.000 anos.
O que vem acontecendo é um aprofundamento nos conhecimentos da natureza química das substâncias funcionais e das suas funções no organismo. Com isso, os laboratórios e a indústria alimentícia passaram a produzir, em larga escala, alimentos funcionais formulados ou artificiais, como leites fermentados, biscoitos vitaminados e cereais matinais rico em fibras.
E para chegarem ao mercado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) exige que o fabricante apresente provas científicas das propriedades funcionais alegadas na embalagem. Mas não se entusiasme demais com os rótulos: 1 litro de leite enriquecido com Ômega 3, por exemplo, oferece menos desse ácido graxo que uma posta de salmão.
Lista de Alimentos 100% Funcionais:
Como atua no organismo: O tomate possui uma substância chamada Licopeno, responsável pela sua cor vermelha e precursor da vitamina A. Estudos mostram relação entre o Licopeno e a baixa incidência de câncer de próstata.
Como consumir: Em saladas, sucos, ou preferencialmente como molho, pois a absorção do Licopeno é maior quando o tomate é processado.
Como armazenar: Mante-lo refrigerado sempre, independente se esta em seu estado natural ou industrializado.
Alimentos substitutos: Melancia e Goiaba.
Como atua no organismo: Uma dieta a base de peixe está ligada a baixa incidência de mortalidade por doença coronariana. Os possíveis mecanismos biológicos que reforçam a relação entre ácido graxos Ômega 3 e a prevenção de doenças cardiovasculares incluem a estabilidade dos batimentos cardíacos, regulação da coagulação sanguínea, contração e relaxamento das paredes arteriais e manutenção dos baixos níveis de triglicérides sanguíneos.
Como Consumir: De preferência aos assados ou grelhados, porque os peixe fritos podem perder a estrutura química dos ácidos graxos anulando assim os efeitos benéficos.
Como armazenar: Não podem ser mantidos fora de refrigeração.
Alimentos substitutos: Linhaça, óleo de canola e azeite extravirgem.

Como atua no organismo: A soja possui proteínas de alta importância: o ácido fólico e as isoflavonas. Estudos mostram que as isoflavonas estão relacionadas com a atenuação dos sintomas da menopausa, prevenção de fraturas e redução dos níveis de LDL (colesterol ruim) e aumento do HDL (bom colesterol).
Como consumir: A soja é muito versátil e pode ser consumida de várias formas: tofu, sopas, bolinhos, hambúrgueres, almôndegas, biscoitos e massas.
Como armazenar: Mantendo longe de umidade, em local fresco e arejado.
Alimentos substitutos: Não há.
Como atua no organismo: O brócolis é representante da família das crucíferas, sendo rico em Isotiocianatos, Indóis, Tiocianatos e Nitrila - substâncias químicas que atuam como antioxidantes na prevenção de diversos tipos de câncer e degeneração macular.
Como consumir: Cozido no vapor, para evitar perda de nutrientes. Também pode ser usado em tortas, bolinhos e risotos.
Como armazenar: Sob refrigeração e dentro de saquinhos plásticos, sem ar.
Alimentos substitutos: Couve de bruxelas, repolho e couve flor.
Como atua no organismo: Contém uma substancia chamada Quercetina - um potente antioxidante que atua na redução de doenças cardiovasculares e diminui a taxa de bactérias na boca, evitando cáries.
Como consumir: In natura, assada, em bolos, biscoitos ou tortas.
Como armazenar: Na geladeira.
Alimentos substitutos: Não há.
Como atua no organismo: A cenoura é rica em Betacaroteno, precursor da vitamina A. Estudos têm encontrado relação entre o consumo da cenoura e a proteção contra o câncer de garganta, boca e mama.
Com consumir: Crua ou cozida no vapor, no preparo de receitas tanto doces quanto salgadas.
Como armazenar: Na geladeira.
Alimentos substitutos: Mamão, abóbora e tomate.
Fonte:
Inar de Castro - Pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.
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